REDE ESTADUAL: NOVAS ORIENTAÇÕES DO SEPE SOBRE ACESSO AO GOOGLE CLASSROOM

IMPORTANTE: o SEPE mantém seu entendimento de que o acesso à plataforma "Google Classroom" não é obrigatório, de forma que, como afirma a nota adiante, continuará resguardando os direitos daqueles que optarem por NÃO FAZER USO DELA. Entretanto, não podendo desconsiderar o fato de que muitos colegas, inclusive sob receio de retaliações das mais variadas ou assédio, já estão acessando a ferramenta, o que não pode ser ignorado pelo sindicato. Sendo assim, o informe a seguir busca dar conta dessas duas realidades, reafirmando o compromisso do SEPE com a categoria em toda sua complexidade nesse momento excepcional.

SEPE-RJ - 14/04/2020

"O Sepe RJ solicita que os profissionais da educação, estudantes e responsáveis continuem nos enviando denúncias sobre a questão das dificuldades de acesso à plataforma Google Classroom ou a falta de acesso de parte da população aos meios digitais.

Reafirmamos que a proposta da SEEDUC de implementação da Educação à Distância (EAD) por meio da plataforma Google Classroom aumenta a desigualdade social, já que todos sabemos que as condições socioeconômicas das famílias dos alunos da rede estadual não são igualitárias. Também não o são as condições técnicas de acesso à internet e não serão todos os profissionais e estudantes que têm condições de acessar a EAD. Assim sendo, em reunião realizada no dia 13 de abril, a direção do sindicato deliberou o seguinte:

O Sepe/RJ mantém a sua orientação de que a plataforma Google Classroom não é obrigatória. E vai continuar lutando para desvincular o ano letivo do ano civil a fim de garantir o direito à educação para todos os estudantes de forma presencial, bem como lutar para adiar os processos seletivos públicos de admissão de estudantes às escolas públicas estaduais, federais e o ENEM.

Portanto, os docentes que acessarem a plataforma, deverão fazê-lo com o objetivo de:

a. Verificar a quantidade de alunos que estão acessando e denunciar esse número limitado ao SEPE/RJ ou ao MP. Disponibilizaremos, para isso, email e telefone.
b.. Não ministrar conteúdos novos, discutir de forma transversal a pandemia e os temas conjunturais;
c.. Não realizar avaliações, visto que qualquer forma de avaliar estudantes nestas condições em que as aulas não estão se dando de forma adequada é uma restrição aos direitos deles
d...Evitar as exposições em vídeos que possam ser usados de forma a depreciar o docente
e... Aferir o número de alunos que está entrando para as atividades on-line
f... Fazer relatos e registros de profissionais que não conseguem entrar na plataforma por qualquer motivo;
g... Relatos e registros de profissionais que não conseguem acessar a plataforma e dos que não possuem recursos para tal

- O Sepe defenderá qualquer profissional de educação que faça a opção por não acessar a plataforma, seja por alguma perda financeira e funcional, ou por qualquer forma de assédio

- O Sepe defenderá qualquer profissional da educação que, ao acessar a plataforma, tenha algum direito seu violado, tal como direito de imagem ou qualquer outro

- O Sepe continuará com ação na justiça para que as aulas online não sejam obrigatórias, não contem como dia letivo e haja uma rediscussão do calendário após a quarentena.

O Sepe vai cobrar a transparência do convênio estabelecido entre a SEEDUC e a empresa GOOGLE.

SEPE RJ – SINDICATO ESTADUAL DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO"

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