ENQUANTO EDUCAÇÃO MUNICIPAL AGONIZA, PREFEITURA AMEAÇA NOVO CORTE DE SALÁRIO A SERVIDORAS COM VENCIMENTO MENOR QUE O MÍNIMO E SE NEGA A ATENDER REIVINDICAÇÕES DA REDE


SEPE FRIBURGO
Informe Oficial – 19/11/2019

Diversos profissionais da rede pública de ensino de Nova Friburgo têm entrado em contato com o SEPE nos últimos dias frente à intensa pressão que vêm sofrendo por parte da SME e de algumas direções escolares para repor os dias de PARALISAÇÃO e GREVE realizados em 2019, os quais foram motivadas pelas inaceitáveis condições de trabalho e estrutura da rede municipal em questão. A saber, profissionais de apoio recebem menos que o mínimo e continuam sem plano de carreira (PCCS) devido ao não cumprimento de acordos por parte de Renato Bravo (PP), enquanto a lei de 1/3 de planejamento do magistério implementada há onze anos segue também ignorada pelos governos municipais. Além disso, a imprensa local tem notificado com fartura diversos absurdos que perduram, como falta de merenda para as crianças e assombrosas condições físicas que oferecem perigo real a inúmeras unidades escolares.

No avanço da GREVE, o prefeito já mencionado junto do Secretário de Educação Igor Pinto (PT) e o Procurador do Munícipio Ulisses da Gama assinaram compromissos junto aos trabalhadores, ao sindicato e ao Ministério Público do Trabalho garantindo retirar o processo que moviam contra o SEPE no TRT e aceitando pequenos avanços envolvendo Grupos de Trabalho para implementar os PCCS e a lei de 1/3 de planejamento, além de efetivar as licenças sindicais a que têm direito dois diretores do SEPE. No entanto, como já denunciamos no blog e ao próprio MPT local, NENHUM PONTO PROMETIDO FOI EFETIVADO, mantendo na rede púbica de ensino as mesmas péssimas condições que motivaram quatro paralisações e uma greve de 27 dias neste ano de 2019.

Não bastasse a intransigência explícita - afrontando profissionais da Educação e desqualificando a mediação do Ministério Público do Trabalho – a Prefeitura têm exigido que as trabalhadoras e trabalhadores reponham os dias de paralisação/greve sob AMEAÇA DE NOVAMENTE CORTAR OS SALÁRIOS daqueles que recebem vencimento de R$848,00 e que não tiveram em 2019 o reajuste prometido pelo Prefeito após a greve do ano passado, a qual forçou reajuste para TODOS os servidores municipais em 2018 e obrigou a PMNF a pagar o piso nacional do magistério.

Em nome dos profissionais de educação em Assembleia, o SEPE esclarece que apesar da intransigência e desrespeito de Renato Bravo (PP) e seus próximos nas audiências de conciliação, os educadores NÃO SE NEGAM A REPOR OS DIAS LETIVOS QUE DEDICARAM À LUTA POR MELHORIAS NO ENSINO MUNICIPAL, mas só o farão mediante AVANÇOS NAS NEGOCIAÇÕES E CUMPRIMENTO DOS ACORDOS FIRMADOS, quando então será deliberada, de forma democrática, pedagógica e inclusiva, a reposição de horas e dias letivos. Nesse meio tempo, o SEPE repudia o assédio moral a que têm sido submetidas diversas funcionárias e funcionários que veem a SME usar a reposição como arma de COAÇÃO, CONSTRANGIMENTO E CHANTAGEM, esta última evidenciada na recente ameaça de corte de ponto.

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Cabe por fim esclarecer que na última audiência do MPT ficara acordado para o dia 30/09 uma reunião em que o SEPE iria se inteirar dos planos da SME para reposição, mas tão logo encerrou-se a reunião o sindicato foi notificado do primeiro descumprimento de acordo por parte da PMNF, referente à não suspensão do processo movido pela mesma no TRT, fato que impossibilitaria qualquer credibilidade na reunião agendada. Dessa forma, o SEPE imediatamente notificou a Secretaria de Educação e o Ministério Público do Trabalho que as tratativas em questão só poderiam acontecer em nova audiência mediada pelo MPT, mas nenhum dos dois ofícios teve resposta: nem a Prefeitura e nem o MPT se posicionaram. Não havendo margem de negociação, a categoria manteve seu entendimento de que SEM NEGOCIAÇÃO NÃO TEM REPOSIÇÃO, e assim permanece até hoje. IMPORTANTE: o documento encaminhado pelo SEPE à SME em 30/09/2019 está em anexo, no blog do sindicato.
Sem mais para o momento, uma vez mais o SEPE reivindica o retorno do diálogo em favor da rede pública de ensino, seus profissionais e da população friburguense como um todo, a qual é bombardeada diariamente por denúncias de abandono e descaso por parte de quem deveria gerir o bem público. É alarmante que a Educação Municipal continue sendo mais conhecida por sua trágica condição do que pelo bom atendimento à comunidade, o que acontece única e exclusivamente graças ao compromisso dos profissionais de educação com crianças e responsáveis do município, compromisso este que a PMNF já deixou claro não ser prioridade.

Dessa forma, solicitamos às direções de escola e à própria SME que abram espaço para negociar as justas reivindicações da rede pública de ensino, quando então será discutida em Assembleia a possibilidade de reposição INTEGRAL dos dias paralisados, o que aliás é uma tradição do SEPE em razão de seu compromisso com a Educação pública, gratuita, laica, democrática, inclusiva e de qualidade que justifica as lutas do sindicato desde 1977 quando foi fundado. Convocamos toda a sociedade a acompanhar a luta dos profissionais de educação de Nova Friburgo e continuar denunciando os abusos por parte do Governo Bravo e seus asseclas, bem como fortalecer as mobilizações que estão por vir junto aos educadores e educadoras do município. Em breve mais informações.

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